Uma cantiga de ronda em noites de calmaria
Quando o tropeiro cantava de muito longe se ouvia
Num rancho de palha e barro um gurizinho dormia
Escutando esta cantiga que até mãe repetia
Mas o tempo foi passando a tropa nunca mais viu
Só ficou marcas da ronda no coração do guri
O tempo, amigo, é igual tropa que parte pra o saladeiro
Só deixa marcas da taipa na memória do tropeiro
Aquele rancho de barro a onde o guri nasceu
Tá no meu peito cravado por que o guri era eu
Estas cantigas de ronda chorosas parecem ir
Ainda embalam minhas noites na hora em que eu vou dormir
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